Os primeiros dehonianos chegaram a Taubaté no ano de
1919, para assumir a direção do Seminário
Diocesano Santo Antônio, onde foram professores de teologia e
formadores durante quatro anos, de 1920 a 1924.
Em fins de 1922 e início de 1923, os Padres compraram uma chácara no bairro do Areão (hoje Vila São Geraldo), para a construção do Convento S.C.J., onde então passou a residir a comunidade religiosa.
Uma vez que os primeiros dehonianos eram alemães, a chácara ficou conhecida entre o povo como "Chácara dos Padres Alemães". Um dos padres, muito popular em toda a cidade, Padre Fischer &emdash; um alemão de 2 metros de altura &emdash; era tido como o "proprietário" da chácara. Assim, de "Chácara dos Padres Alemães" passou a ser chamada "Chácara do Padre Fischer". A um quilômetro de distância está o convento Santa Clara dos Capuchinhos que era bastanta grande em comparação ao convento S.C.J. Na boca do povo o primeiro a ser chamado de "Conventão", e o outro de "Conventinho", nome carinhoso que perdura até hoje.
Primeiro morador
A 1º de junho de 1923, o irmão João Koitek, scj, que morava no Seminário Diocesano desde 10 de maio de 1922, mudou-se para a "Chácara dos Padres", dando início à comunidade religiosa dehoniana. Uma casa foi então construída para acolher outros irmãos e padres que vieram fazer parte da comunidade. Na improvisação dos primeiros tempos, a antiga residência do caseiro foi adaptada como capela da comunidade e dedicada ao Sagrado
Coração de Jesus.
Todas as tardes havia adoração ao Santíssimo com a participação de alguns fiéis da vizinhança. A capela definitiva, mais espaçosa, foi construída entre os ano de 1939 e 1940.
O início de estudos de Teologia aconteceu em 15 de fevereiro de 1924 com a vinda de alguns estudantes da Alemanha. Mais tarde, houve um período de cinco anos (1930 - 1934), em que os fratres frequentavam as aulas de teologia no Seminário Diocesano. Em 1935, as aulas de teologia voltaram a ser dadas no Conventinho.
O Conventinho acolhe noviciado e provincialado
A partir de 30 de agosto de 1928 o Conventinho acolheu o primeiro noviciado dos padres dehonianos na América do Sul. Foi nomeado como mestre de noviço o padre Lourenço Foxius, scj, que recebeu também os três primeiros noviços dehonianos do Brasil; todos candidatos a irmão religioso. O noviciado permaneceu em Taubaté até 16 de fevereiro de 1932, quando foi transferido para Brusque - SC.
Em 1934, o Conventinho tornou-se a sede Provincial da Província Brasileira Meridional. O tempo de duração foi de 1934 a 1945, quando foi transferido para o Rio de Janeiro.
Por fim, o Conventinho foi também a sede, por dois anos, do Curso de Filosofia, &emdash; 1949 a 1950.
Instituto Teológico S.C.J.
Após 75 anos de ensino teológico, tendo o Convento S.C.J. já formado um grande número de padres, religiosos e diocesanos, tanto o Governo Provincial quanto a comunidade formadora de Taubaté sentiram-se preocupados em valorizar mais os estudos da Teologia, através da filiação a uma Pontifícia Universidade. Cumpridas todas as exigências documentárias junto à Santa Sé, aos 13 de junho de 1980, por Decreto da Congregação para a Educação Católica, o Teologado de Taubaté foi erigido à condição pontifícia, filiado à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-RJ).
O Instituto Teológico S.C.J. como escola de Teologia &emdash; de 1924 até o final de 1997 &emdash; matriculou 1.014 alunos. Destes 584 foram ordenados presbíteros, sendo 350 da Congregação, 234 do clero diocesano e de outros institutos religiosos.
A devoção mariana sempre esteve presente na vida do Conventinho. "Pelo seu Ecce Ancilla - Maria - incita-nos à disponibilidade na fé: ela é a imagem perfeita de nossa vida religiosa" (Constituições. nº 85). Desde 11 de outubro de 1982, o Conventinho conta com uma ampla gruta dedicada à N. S. de Lourdes. Na sua construção trabalharam os fratres e alguns empregados da casa, sob a inspeção de um engenheiro. A colaboração das Equipes de Nossa Senhora foi fundamental.
Para um conhecimento pormenorizado da história do Conventinho de Taubaté, consulte o livro "História dos Dehonianos no Vale do Paraíba, 1919 - 1997," escrito pelo Pe. José Francisco Schmitt, scj.