Formation Meeting Reflection
by Adalto Chitolina (BM)


Mais parecia uma Torre de Babel do que outra coisa. Foi esta a primeira impressão que me causou, quando estávamos por começar os trabalhos. Mas foi só a primeira impressão. O discurso de abertura do Pe. Superior Geral deixou claro que seria um momento muito sério para a Congregação, e que, da Indonésia ao Chile, todos deveríamos falar a mesma linguagem: a formação dos futuros dehonianos.

A propósito, sobre os valores dehonianos foi o que mais se falou. Talvez porque seja o que menos se vê (vive?) em muitas províncias. Exagero? Penso que não. Assim fosse, não precisaríamos nos debruçar com tanto afinco sobre coisas como: quais os meios a serem usados para criar um iter formativo dehoniano? Que meios usar, em cada etapa formativa, para ajudar o candidato a viver os valores dehonianos? E nas respostas, na maioria das vezes, voltava: testemunhar com alegria e entusiasmo a vivência dos valores dehonianos na comunidade formativa. Seria redundante dizer o óbvio. Mas os Conselheiros Gerais, em todos os seus pronunciamentos, voltavam ao ponto. Valores Dehonianos. Estaríamos em crise? Perdemos nossa identidade? Não parece. É momento de "refundação", a partir das bases. A formação, na Congregação, deve ser repensada e redirecionada; com a modernidade e pós-modernidade, caímos no engodo de jogar pela janela a água, a bacia e a criança. Por sorte, alguém percebeu! Vamos continuar o processo formativo com o mesmo empenho, talvez com nova visão e com um endereço mais incisivo. É o que se espera.

Por outro lado, fala-se também em internacionalidade. E já tem formador disposto a viajar para integrar comunidades formativas que estão com a língua de fora! É o velho ditado: "quem tem, ajuda quem não tem", talvez aqui, às avessas: "quem não tem, ajuda quem tem"! E olha que seria uma medida muito sábia. É hora de deixarmos de ser provincianos, não importa a cultura, os costumes e a língua. Ser formador implica também esta versatilidade. Isto, para não falar das missões, que também deverão ser objeto de preocupação nas várias etapas formativas. Os nosso confrades missionários estão pedindo sangue novo.

E, claro, em final de milênio, não se poderia ficar à beira da história. O uso da Internet está confirmando a expressão"aldeia global", de McLuhan! Não que sejamos uma aldeia, mas as distâncias entre nós diminuiram significativamente. Navegue em http.//www.org.com e você verá quanta coisa se faz. Já se fala até em criar um link para os formadores, o que, sem dúvida, será muito útil. Aos poucos, com tantos meios e com tanta insistência, vamos nos sentindo de fato, Dehonianos no mundo, não apenas na nossa paróquia, casa de formação ou setor onde trabalhamos, se é que até mesmo lá, assim nos sentimos.

Pe. Adalto Chitolina (BM)