Fr. Paulo Punt (BS)

Option for the Poor - The Fishermen's Friend

+15 December 1975

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In December 2000 scjs in Brazil received the following invitation:

"The Mayor of Tamandaré (Pernambuco, Brazil), Paulo Guimarães dos Santos, has the honor of inviting you to concelebrate Mass on December 15, 2000 at 6:00 PM in the Colonia dos Pescatori [Fishermen's quarter] on the occasion of the 25th anniversary of the death of Fr. Paulo Punt. After Mass in the plaza there will be the dedication of a monument in his honor."

Who was this confrere who is still fresh in the minds of the inhabitants of Tamandaré? Frs. Luis Carlos M. Sousa and Pedro Neefs of the North Brazilian SCJ Province testify that he was an example to his fellow scjs of one who stood in solidarity with the weak and poor in society. We must come to a deeper understanding of his witness and spread it among our brother scjs.

He was born in Holland in 1913 and left his native land in 1936 to strengthen the scj presence in Northeast Brazil. After his ordination in 1941 he worked in parochial ministry. In 1968 he came to Tamandaré and in addition to his parochial work took up the fishing trade. He was sensitive to the difficult situation faced by the fishermen and the poor among whom he lived. Fr. Paulo helped them organize themselves into a cooperative. He became its president. Being a costal city Tamandaré was an entry point for smuggled liquor and household electrical products. When Fr. Paulo became aware of this he saw that the fishermen could be involved through no fault of their own, and even prosecuted for it. On various occasions he denounced the smugglers and because of this he made many enemies and was frequently harassed by them.

In an effort to get him out of the city he was accused of being a communist, which during the time of the military dictatorship in the country was a very serious accusation. But the national authorities recognized that these accusations were groundless.

Various times Fr. Pedro Neefs, provincial superior, fearing for Fr. Paulo's life tried to persuade him to leave Tamandaré. Though he knew the mortal risk to his life that he was taking he was convinced that Tamandaré was the place where he should be.

Fr. Paulo was also preoccupied with improving the level of education for the people of Tamandaré. He helped to rebuild the local public school where he served as its director for many years.

With his many activities Fr. Paulo did not see the dangerous web being weaved around him. His death did not appear to be a criminal act and there were reports from an ex-police official that Fr. Paulo had an affair with his wife and was the father of one of her two children, but those who knew him and what he had done to help organize the fisherman knew it was the work of sinister forces.

December 15, 1975 was a festive day. It was graduation day at the local high school. At the end of the day after the conclusion of the ceremonies the assassin headed toward Fr. Paulo and mortally wounded him with three deadly shots.

While the local police authorities called it a crime of passion the people knew that Amaro (the name of the assassin) was used to silence the voice of Fr. Paulo. [Adalberto Lopes a judge from Rio Formoso forwarded the proceeding to the higher court in Recife because he saw the sinister forces that wanted Fr. Paulo murdered and that it involved local political leaders as well as some federal officials as well (cf. Boletim 1976,p. 252.ndr).]

In his life dedicated to the weak and poor it is important to realize that those murderous bullets did not succeed in destroying Fr. Paulo in the minds and hearts of the people of Tamandaré. That was demonstrated on December 15, 2001 some 25 years after his death when people gathered to celebrate his life among them. In a mark of gratitude the city has erected a bust of Fr. Paulo in the public square. Furthermore at the Mass marking this occasion celebrated under the netting of the fishermen's cooperative who held him in such esteem, a local Protestant clergywoman at the conclusion of the liturgy said that in the short time she had been in Tamandaré in order to know the community and the history of the city one had to know the life of Fr. Paulo because he was held in such high regard by members of his church.

We end with two lines form a long poem written by a woman in honor of Fr. Paulo the Fisherman on his birthday three years before his death:

Promoting the human person
Teaching them how to work
Showing them the way
To confront the struggles that lie ahead.

His Church is the sea
The ship is his altar
Always ready to help
The faithful on his vine.



 
 
 


 


P. Paulo Pont (BS)

Opção de solidariedade para com os pobres

+December 15, 1975

P. Paulo Pont (BS)

Em dezembro de 2000 chegou este convite aos dehonianos do Pernambuco:

"O Prefeito de Tamandaré, Paulo Guimarães dos Santos. Tem a honra de convida-los para a concelebração que terá lugar a 15 de dezembro deste ano, às 18 horas na Colônia dos pescadores, por ocasião do 25º aniversário da morte do P. Paulo Pont. Depois da Missa haverá a ded0cação da praça e inauguração do monumento em homenagem, ao padre."

Quem foi este confrade, cuja memória ficou gravada na mente dos habitantes de Tamandaré? Eis i testemunho dos padres Luis Carlos M. de Sousa e Pedro Neefs, da província BS, um texto que nos aproxima de um confrade que deu sua vida em solidariedade para com os pequenos.

Nascido em 1913, na Holanda, chegou ao Nordeste do Brasil em 1936. Ordenado em 1941, exerceu o ministério em diversas paróquias. Em 1968 o P. Paulo optou por começar um novo trabalho, no distrito de Tamandaré, estado de Pernambuco, PE, onde também exercia o trabalho de pescador de forma profissional. Olhando para a difícil situação em que viviam os pescadores, aos poucos, P. Paulo ajudou-os a se organizarem e fundou uma colônia (cooperativa profissional). Dessa cooperativa ele chegou a ser presidente mas para isso teve que obter uma licença especial porque, na época, a colônia dependia dos órgãos de segurança nacional.

Por ser uma cidade portuária, em Tamandaré havia uma forte prática de contrabando de bebidas e eletrodomésticos. P. Paulo foi tomando conhecimento disso e vendo que os pescadores poderiam ser envolvidos inocentemente e, assim, poderiam ser prejudicados, por várias vezes P. Paulo denunciou o fato às autoridades competentes e, com isso, começou a angariar inimigos e perseguições contra ele.

Tentando afastar o P.. Paulo foram feitas denúncias de que ele era comunista o que na época da ditadura militar que havia no país era algo bastante grave. Mas, os próprios órgãos de segurança nacional constataram que tudo não passava de infundadas denúncias.

Por várias vezes, temendo pela vida do confrade o então Provincial, Padre Pedro Neefs, tentou persuadir o P. Paulo a deixar Tamandaré porém, mesmo sabendo do risco de vida que corria, ele entendia que ali era o seu lugar.

Padre Paulo também se preocupou com a melhoria do nível educacional do povo de Tamandaré e ajudou a reconstruir a escola pública que havia na localidade e dela tornou-se diretor por vários anos.

Muito mais apostando na vida, o P. Paulo não foi percebendo a trama que sordidamente era feita contra ele... Para que sua morte não parecesse como um trabalho encomendado, os que viam e sentiam a presença de ajuda de P. Paulo junto aos pescadores, sobretudo na linha da organização e da conscientização, insinuaram a auxiliar de polícia que sua esposa o estava traindo com o padre e, inclusive, um dos seus filhos era filho do sacerdote.

15 de dezembro de 1975 era um dia festivo por causa da conclusão de curso do ginásio local. No final do dia, após todas as solenidades o assassino dirigiu-se ao Padre Paulo e desfechou 3 certeiros e mortais tiros que acabaram com sua vida terrena.

Estranhamente as próprias autoridades policiais locais se encarregaram de dar uma versão passional ao crime mas na memória do povo todos sabiam que o Amaro (nome do assassino) tinha sido usado para calar a voz do P. Paulo. O próprio juiz de Rio formoso. Adalberto Lopes, enviou o processo a um tribunal superior em recife porque via a presença de forças ocultas contrárias ao P. Paulo envolvendo até o prefeito, a polícia local e alguns membros de organismos federais.

Nesta história de uma vida consagrada aos pobres, aos simples e pequenos o mais importante é que as balas assassinas não conseguiram tirar o P. Paulo da memória e do coração afetuoso do povo de Tamandaré. Sinal disso foi que no dia 15 de dezembro do ano 2.000, vinte e cinco anos depois, o povo voltou a reunir-se e festejar a passagem do P. Paulo no meio dele. Para expressar a gratidão, a prefeitura da cidade de Tamandaré construiu uma praça e ali colocou um busto do P. Paulo. Por ocasião da Concelebração Eucarística, realizada no próprio recinto da Colônia dos Pescadores, como expressão do que P. Paulo representou para a cidade, o pastor de uma das igrejas protestantes se fez presente à celebração e, no final, deu um testemunho insuspeito dizendo que estava há pouco tempo em Tamandaré e para conhecer o rebanho para o qual fora designado e a história da cidade teria que conhecer quem fora Padre Paulo que também era carinhosamente lembrado pelos membros da sua Igreja.

Concluímos com duas estrofes de uma poesia que foi dedicada ao padre Paulo três anos antes de sua morte por causa de sua dedicação aos pescadores:

Promovendo o homem inteiro,
Ensinando-o a trabalhar
E lhe dando um roteiro
Para a luta enfrentar...

Sua igreja é o mar
Seu altar é a barquinha
Sempre nela a ajudar
Aos fiéis de sua vinha.



 
 


 


P. Paulo Punt (BS)

L'opzione della solidarietà con i piccoli

+Il 15 dicembre 1975






Nel dicembre del 2000 giunse ai Dehoniani il seguente invito:

"Il Sindaco di Tamandaré (Pernambuco, Brasile), Paulo Guimarães dos Santos, si onora di invitarla alla concelebrazione che si terrà il 15 dicembre di quest'anno [2000] alle ore 18.00 nella Colonia dei Pescatori in occasione del 25° anniversario della morte di P. Paulo Punt. Dopo la Messa vi sarà la dedica a P. Paulo Punt della piazza e l'inaugurazione del monumento."

Chi era questo confratello, di cui la memoria rimase tanto viva fra gli abitanti di Tamandaré? Ecco la testimonianza dei Padri Luis Carlos M. Sousa e Pedro Neefs della Provincia BS, un testo che ci avvicina all'esempio di un confratello che ha dato la sua vita in solidarietà con i piccoli. Certo bisogna approfondire molto di più la sua storia per mettere in evidenza il valore della sua testimonianza e diffonderla, da cominciare fra i propri confratelli.

Nato nel 1913 in Olanda, lasciò la sua patria nel 1936 per irrobustire la presenza SCJ nel Nordeste del Brasile. Dopo la sua ordinazione nel 1941 e il ministero in diverse parrocchie, nel 1968 "il p. Paulo iniziò un lavoro nuovo nel distretto di Tamandaré… e qui cominciò ad esercitare anche il mestiere di pescatore in forme professionale. Sensibile alla difficile situazione in cui vivevano i pescatori e i poveri, il p. Paulo li aiutò ad organizzarsi e fondò una cooperativa professionale. E giunse ad esserne il presidente… Essendo una città portuale, in Tamandaré era molto diffusa la pratica del contrabbando per bevande ed elettrodomestici. Il p. Paulo ne venne a conoscenza, e vedendo che i pescatori avrebbero potuto trovarsi coinvolti, pur senza colpa, e anche essere pregiudicati, diverse volte il p. Paulo denunciò il fatto e, per questo, cominciarono a crescere inimicizie e persecuzioni contro di lui.

Nel tentativo di allontanarlo dalla città fu accusato di essere comunista, accusa che in quel tempo, con la dittatura militare nel paese, era molto grave. Ma gli stessi organi della sicurezza nazionale riconobbero che si trattava di denunce infondate.

Diverse volte il p. Provinciale di allora, Pedro Neefs, temendo per la sua vita, cercò di persuadere il p. Paulo a lasciare Tamandaré; ma, pur sapendo del rischio mortale che correva, egli era convinte che quello era il suo posto…

Il p. Paulo si preoccupò anche di migliorare il livello educative della gente di Tamandaré e aiutò a ricostruire la scuola pubblica che c'era in quella località e della stessa fu direttore per molti anni.

Impegnato soprattutto per la vita, il p. Paulo non percepì la trama che sordidamente si andava tessendo contro di lui… Perché la sua morte non apparisse come un affare commissionato, coloro che vedevano e sentivano la presenza e l'aiuto di p. Paulo ai pescatori soprattutto nella linea dell'organizzazione e della coscientizzazione, insinuarono a un ex-ufficiale della polizia che la sua moglie lo stava tradendo col prete e, inoltre, che uno dei suoi due figli era figlio del prete…

Il 15 dicembre 1975… era una giornata di festa. Si celebrava la conclusione del corso del ginnasio locale. Sul finire del giorno, alla conclusione di tante solenni cerimonie, l'assassino si diresse deciso verso il p. Paulo e gli sparò tre colpi precisi e micidiali, che segnarono la fine della sua vita terrena.

Stranamente proprio le autorità della polizia locale si incaricarono di dare una versione passionale al crimine, ma nella memoria del popolo tutti sapevano che Amaro (il nome dell'assassino) era stato usato per far tacere la voce del p. Paulo. [Lo stesso giudice locale di Rio Formoso, Adalberto Lopes, rinviò il processo a un Tribunale superiore a Recife, perché vide all'opera forze occulte che cercavano di uccidere il p. Paulo coinvolgendo anche il prefetto e la politica locale e membri di qualche organo federale, cf. Boletim 1976, p. 252, ndr]

Nella storia di questa vita tutta dedita ai poveri, ai semplici, e ai piccoli è importante costatare come quelle pallottole assassine non riuscirono a estromettere il p. Paulo dalla memoria e dal cuore affettuoso della gente di Tamandaré. Lo dimostra il fatto che il 15 dicembre dell'anno 2000, cioè 25 anni dopo, il popolo tornò a riunirsi e a festeggiare il passaggio tra loro del p. Paulo. In segno di gratitudine, la prefettura della città ha costruito una piazza e vi ha collocato un busto del p. Paulo. E in occasione della S. Messa, celebrata proprio ne il recinto della 'Cooperativa' dei pescatori come per esprimere ciò che il p. Paulo rappresentò per la città, un pastore delle chiese protestanti fu presente alla celebrazione; e alla fine del rito diede una testimonianza non sospetta: disse che da poco tempo si trovava a Tamandaré e che, per conoscere la comunità alla quale era destinato e anche la storia della città, ci terrebbe a conoscere la figura del p. Paulo, perché anche i membri della sua Chiesa lo ricordavano con affetto.

Concludiamo con due strofe di una lunga poesia che tre anni prima della sua morte in occasione del suo compleanno fu dedicata a "Padre Paulo Pescatore":

Promovendo l'uomo intero
Insegnandogli a lavorare
E dandogli un orientamento
Per la lotta da affrontare..

La sua chiesa è il mare
Il suo altare è la barca
Sempre pronto a aiutare
I fedeli della sua vigna…



 
 


 


P. Paulo Punt (BS)

La opción de la solidaridad con los pequeños

+15 de diciembre de 1975

En diciembre de 2000 llegó a los Dehonianos la siguiente invitación:

"El alcalde de Tamandaré (Pernambuco, Brasil), Paulo Guimarães dos Santos, se honra invitarle a la concelebración que tendrá lugar el 15 de diciembre de este año [2000] a las 18.00 en la Colonia de los Pescadores con ocasión del 25° aniversario de la muerte del P. Paulo Punt. Tras la Misa tendrá lugar la dedicación al P. Paulo Punt de la plaza y la inauguración del monumento."

¿Quién era este cohermano, cuya memoria permanece tan viva entre los habitantes de Tamandaré? He aquí el testimonio de los Padres Luis Carlos M. Sousa y Pedro Neefs de la Provincia BS, un texto que nos acerca al ejemplo de un cohermano que ha dado su vida en solidaridad con los pequeños. Ciertamente es necesario profundizar mucho más su historia para evidenciar el valor de su testimonio y difundirla, empezando entre los propios cohermanos.

Nacido en 1913 en Holanda, dejó su patria en 1936 para robustecer la presencia SCJ en el Nordeste de Brasil. Tras su ordenación en 1941 y el ministerio en diferentes parroquias, en 1968 "el P. Paulo inició un trabajo nuevo en el distrito de Tamandaré… y aquí comenzó a ejercer también el trabajo de pescador de una forma profesional. Sensible a la difícil situación en la que vivían los pescadores y los pobres, el P. Paulo les ayudó a organizarse y fundó una cooperativa profesional. Y llegó a ser el presidente… Siendo una ciudad portuaria, en Tamandaré estaba muy difundida la práctica del contrabando de bebidas y electrodomésticos. El P. Paulo lo supo y viendo que los pescadores podían verse envueltos, aún sin culpa, y ser perjudicados, diversas veces el P. Paulo denunció el hecho y, por esto, comenzaron a crecer enemistades y persecuciones contra él.

En el intento de alejarlo de la ciudad fue acusado de ser comunista, acusación que en aquel tiempo, con la dictadura militar en el país, era muy grave. Pero los mismos órganos de la seguridad nacional reconocieron que se trataba de denuncias infundadas.

Diferentes veces el P. Provincial de entonces, Pedro Neefs, temiendo por su vida, intentó persuadir al P. Paulo de que dejase Tamandaré; pero, aun sabiendo el riesgo mortal que corría, estaba convencido de que aquel era su puesto …

El P. Paulo se preocupó también de mejorar el nivel educativo de las gentes de Tamandaré y ayudó a reconstruir la escuela pública que había en aquella localidad y fue director de la misma por muchos años.

Comprometido sobretodo por la vida, el P. Paulo no percibió la trama que sórdidamente se estaba tejiendo contra él … Para que su muerte no apareciese como un trabajo encargado, aquellos que veían y sentían la presencia y la ayuda del P. Paulo a los pescadores sobre todo en la línea de la organización y de la concienciación, insinuaron a un ex-oficial de policía que su esposa lo estaba traicionando con el sacerdote, y que además, uno de sus dos hijos era hijo del cura …

El 15 de diciembre de 1975… era un día de fiesta. Se celebraba la conclusión del curso del instituto local. Al final del día, a la conclusión de tantas solemnes ceremonias, el asesino se dirigió decidido hacia el P. Paulo y le descerrajó tres tiros precisos y mortales, que supusieron el fin de su vida terrena..

Extrañamente justamente las autoridades de la policía local se encargaron de dar una versión pasional al crimen, pero en la memoria del pueblo, todos sabían que Amaro (el nombre del asesino) había sido usado para hacer callar la voz del P. Paulo. [El mismo juez local de Rio Formoso, Adalberto Lopes, reenvió el proceso a un Tribunal superior en Recife, porque percibió el trabajo de fuerzas ocultas que buscaban matar al P. Paulo implicando también al prefecto y a la policía local y miembros de algún órgano federal, cf. Boletim 1976, p. 252, ndr]

En la historia de esta vida toda dedicada a los pobres, a los simples, y a los pequeños es importante constatar cómo aquellas balas asesinas no lograron desterrar al P. Paulo de la memoria y del corazón afectuoso de la gente de Tamandaré. Lo demuestra el hecho de que el 15 de diciembre del año 2000, es decir, 25 años después, el pueblo volvió a reunirse para festejar el paso entre ellos del P. Paulo. En signo de gratitud, la prefectura de la ciudad ha construido una plaza y allí ha colocado un busto del P. Paulo. En ocasión de la S. Misa, celebrada en el recinto de la 'Cooperativa' de pescadores para expresar lo que el P. Paulo representó para la ciudad, un pastor de las iglesias protestantes estuvo presente en la celebración; y al final del rito dio un testimonio no sospechoso: dice que se encontraba desde hacía poco tiempo en Tamandaré y que, para conocer la comunidad a la cual era destinado y también la historia de la ciudad, tuvo que conocer la figura del P. Paulo, porque también los miembros de su Iglesia lo recordaban con afecto.

Concluimos con dos estrofas de una larga poesía que tres años antes de su muerte, con ocasión de su cumpleaños, fue dedicada al "Padre Paulo Pescador":
 
 

Promoviendo al hombre entero,
enseñando a trabajar
y dándole una ruta
Para la lucha enfrentar...

Su iglesia es el mar
Su altar es la barca
Siempre para ayudar
A los fieles de su viña.



 
 


P. Paulo Punt (BS)
Option pour les pauvres - L'ami des pêcheurs

+15 décembre 1975





En décembre 2000, les dehoniens du Brésil ont reçu l'invitation suivante:

"Le maire de Tamandaré (Pernambuco, Brésil), Paulo Guimarães dos Santos, a l'honneur de vous inviter à une concélébration, le 15 décembre 2000, à 18h00, à la Colonia dos Pescatori [le quartier des pêcheurs], à l'occasion du vingt-cinquième anniversaire du décès du P. Paulo Punt. Après la messe, un monument sera dévoilé en son honneur sur la place."

Mais qui était donc ce confrère dont les habitants de Tamandaré se souviennent encore? Les PP. Luis Carlos M. Sousa et Pedro Neefs de la Province du Brésil du Nord affirment qu'il était vraiment un exemple pour ses confrères, quelqu'un qui vivait en solidarité avec les faibles et les pauvres de la société. Il nous faut mieux comprendre son témoignage et le faire connaître à tous nos confrères.

Né aux Pays-Bas en 1913, il quitta sa terre natale en 1936 pour renforcer la présence dehonienne au Brésil du Nord. Après son ordination en 1941, il a fait du ministère paroissial. En 1968, il fut envoyé à Tamandaré et, en plus du travail paroissial, s'occupa des pêcheries. Il fut très marqué par la situation difficile des pêcheurs et des pauvres parmi lesquels il vivait. Le P. Paulo les aida à s'organiser en coopérative. Il en devint le président. Ville côtière, Tamandaré était un point d'entrée pour l'alcool de contrebande et les produits électriques domestiques. En constatant cela, le P. Paulo comprit que les pêcheurs pouvaient innocemment être impliqués dans ce trafic, et être ainsi accusés. À plusieurs reprises il dénonça les contrebandiers, c qui lui valut plusieurs ennemis et tentatives d'intimidation.

En vue de le forcer à quitter la ville, on l'accusa d'être communiste, accusation grave à l'époque de la dictature militaire.

À plusieurs reprises, le P. Pedro Neefs, alors supérieur provincial, avait tenté de le convaincre de quitter Tamandaré, craignant pour sa vie. Mais même convaincu des risques sérieux pour sa vie, le P. Paulo croyait fermement qu'il devait rester à Tamandaré.

Le P. Paulo voulait aussi améliorer le niveau d'éducation de la population de la ville. Il aida à reconstruite l'école publique locale qu'il a dirigée pendant de nombreuses années.

Ses nombreuses activités l'ont empêché de réaliser la dangereuse toile qui se tissait autour de lui. Sa mort n'a pas été considérée comme un acte criminel, et un ex-officier de police indiqua que le P. Paulo avait entretenu une relation avec sa femme, et qu'il était le père de l'un de ses deux enfants. Mais ceux qui le connaissaient et qui savaient tout ce qu'il avait fait pour organiser les pêcheurs étaient persuadés qu'il s'agissait là de l'oeuvre de forces des ténèbres.

Le 15 décembre 1975 était un jour de fêtes. On célébrait la graduation à l'école secondaire. À la fin de la journée, après les célébrations, l'assassin se dirigea vers le P. Paulo et tira trois balles mortelles.

Alors que les policiers concluaient à un crime passionnel, la population était sûre qu'Amaro (le nom de l'assassin) avait comme tâche de réduire le P. Paulo au silence. [Adalberto Lopes, un juge de Rio Formoso, renvoya les procédures au plus haut tribunal de Recife, parce qu'il avait compris que des forces sinistres avaient assassiné le P. Paulo, dans lesquelles étaient impliqués des politiciens locaux et même fédéraux (cf. Boletim 1976,p. 252.ndr).]

Il avait donné sa vie aux faibles et aux pauvres, et il faut reconnaître que ces balles meurtrières n'ont pas réussi à le faire oublier par les gens de Tamandaré. C'est ainsi que le 15 décembre 2001, 25 ans après sa mort, les gens se sont rassemblés pour célébrer sa vie au milieu d'eux. Dans un geste de reconnaissance, la municipalité a érigé un buste du P. Paulo sur la place publique. De plus, au cours de la messe célébrée à cette occasion, à la coopérative des pêcheurs qui l'admiraient grandement, une ministre protestante de l'endroit dit que le peu de temps qu'elle avait passé à Tamandaré pour connaître la communauté et l'histoire de la ville, elle avait appris la vie du P. Paulo que les membres de son Église tenaient en si haute estime.

Terminons avec quelques lignes d'un long poème écrit par une femme en l'honneur du P. Paulo le Pêcheur, pour son anniversaire, trois ans avant sa mort:

Promoteur de la personne humaine,
Lui enseignant comment travailler
Lui indiquant la voie
Pour lutter en faveur de la vie.

Son Église, c'est la mer
Son autel, un navire
Toujours prêt à aider
Un fidèle sur la vigne.